domingo, 24 de outubro de 2010

ALGUNS DADOS SOBRE A ORIGEM DO BAIRRO VILA GUILHERME LEVANTADOS PARA CONFECÇÃO DO PRESÉBIO QUE IRÁ CARACTERIZAR A REGIÃO. O TRABALHO SERÁ REALIZADO PELOS USUÁRIOS QUE PARTICIPAM DAS ATIVIDADES E DEMAIS QUE QUEIRAM PARTICIPAR, DURANTE O MÊS DE NOVEMBRO/2010. O PRESÉPIO FICARÁ EM EXPOSIÇÃO NO MÊS DE DEZEMBRO NO SALÃO DO PARQUE VILA GUILHERME

A ORIGEM
Foi em 12 de setembro de 1912 que o comerciante fluminense Guilherme Praun da Silva, adquiriu junto a Dona Joaquina Ramalho Pinto de Castro, herdeira do Dr. Joaquim Inácio Ramalho, o “Barão de Ramalho”, uma área de cerca de 115 alqueires de terra, por oitenta contos de réis, oficializando-se tal data como a fundação do Bairro de Vila Guilherme. Inicialmente, as terras da hoje Vila Guilherme, denominada à época “Tapera”, pertenciam ao Capitão-mor Jerônimo Leitão, que as repassou como sesmaria (terreno inculto ou abandonado; que os reis de Portugal distribuíam a colonos ou cultivadores) para o donatário Salvador Pires de Almeida e a seus descendentes.
Já no século 19, após serem divididas, quando foram doadas ou vendidas, chegaram ao Barão de Ramalho e, por fim, à sua filha, Joaquina Ramalho Pinto de Castro, que as vendeu a Guilherme Praun da Silva. Esse, por último, as loteou em sítios e chácaras, impulsionando o seu desenvolvimento.
Tornou-se distrito em 20 de maio de 1992, através da Lei 11.220/92, juntamente com outros novos distritos. Fazem parte do distrito, os seguintes bairros: Coroa, Jardim Coroa, Vila Guilherme, Vila Pizzotti, Jardim da Divisa, Vila Bariri, Vila Leonor, Vila Eleonora, Vila Paiva, Vila Santa Catarina, Chácara Cuoco, Vila Isolina e Vila Isolina Mazzei.
Guilherme Praun
Filho de Jacob Braun e Maria Braun, Guilherme Braun da Silva, nasceu no dia 20 de janeiro de 1853 (Dia de São Sebastião), na cidade de Petrópolis – RJ. Com ascendência alemã, mudou o nome, passando a assinar Praun, em lugar de Braun, quando residia em Campinas –SP.
Quando adquiriu a chácara do Barão de Ramalho, dividiu-a em sítios e chácaras, que foram vendidas a imigrantes portugueses, em sua grande maioria. Erigiu uma escola (atual E.E Casimiro de Abreu, mais conhecida como “Ceca”), sub-delegacia e a Capela de São Sebastião, depois elevada à categoria de paróquia, com o fim de suas obras, além de um belo edifício na Praça Oscar da Silva, com Rua Coronel Jordão (hoje, infelizmente em seu lugar, um prédio residencial).
Aos 85 anos de idade, em 14 de agosto de 1938, faleceu, deixando os filhos Elisa, do primeiro casamento com Dona Maria Rayder; Manuel Amazonas Braun da Silva, Maria Cândida, Eurydice, Alfredo e Ida da Silva, todos do segundo casamento com Dona Maria Cândida Praun da Silva.
Por ter nascido em um dia 20 de janeiro, Guilherme Praun da Silva era devoto de São Sebastião e, em sua homenagem, ergueu a capela no início da hoje Rua Joaquina Ramalho. Em 16 de julho de 1950, com o fim das obras da igreja, celebrou-se a primeira missa, passando a chamar-se de forma oficial “Paróquia de São Sebastião de Vila Guilherme”.
Dentre os inúmeros párocos que passaram pela igreja, desde a sua fundação, que muito contribuíram para o desenvolvimento do bairro, destacamos o pe. Abel Gomes Leite, português de nascimento. Esse sacerdote projetava filmes (slide) nas paredes cobertas de panos, nos fundos da capela, para o deleite, principalmente, das crianças. O primeiro padre foi Mario Del Santiz. O primeiro casamento celebrado na igreja foi de José Eloy de Oliveira com Elisa Justra de Oliveira, pelo sacerdote de nacionalidade italiana.
Também, sobre o pe. Mário uma atitude louvável, em vista de ter vendido um veiculo Italiano (topline), de sua propriedade e, utilizado o dinheiro alcançado pela venda, para fazer a fundação da igreja.
ORIGEM DOS NOMES DOS LOGRADOUROS PÚBLICOS
 O próprio Guilherme Praun da Silva projetou o loteamento de suas terras, dando nomes de familiares e amigos para muitos logradouros, como Praça Oscar da Silva, em homenagem a seu Filho Oscar Praun da Silva, assassinado durante um comício político, na esquina das Ruas Maria Cândida e Joaquina Ramalho. Em honra à sua segunda mulher Maria Cândida Praun da Silva, deu-lhe o nome à Rua Maria Cândida, bem como para os seus filhos Manuel Amazonas Praun da Silva (Rua Amazonas da Silva), Ida Praun da Silva Ribas ( Rua Ida da Silva), Alfredo Praun da Silva ( Rua Alfredo da Silva), além da Rua Joaquina Ramalho, em alusão à Joaquina Ramalho Pinto de Castro, de quem adquiriu as terras ( a principio essa rua chamava-se Brás Arruda, em homenagem ao seu advogado, com quem brigaria anos mais tarde); Rua Chico Pontes, um dos primeiros moradores, Rua Manoel de Almeida, que foi o primeiro chacareiro de Vila Guilherme ; 12 de setembro ( dia da fundação do bairro) ; Coronel Jordão ( seu sogro Jordão do Canto e Silva), bem como Rua do Imperador e da Coroa, para ilustrar as diversas passagens da comitiva imperial, que por ali trafegava, a caminho da capital federal ( Rio de Janeiro), quando D. Pedro I retornava de suas visitas oficiais a Santos ou São Paulo, ou mesmo, de suas visitas à Marquesa de Santos, moradora da capital paulista. Em uma residência ou estalagem, não se sabe ao certo, na Rua da Coroa, o imperador pernoitava, refazendo-se da estafante jornada, antes de seguir viagem ao Rio de Janeiro, sede da Coroa. Já a própria Vila Guilherme e Av. Guilherme, em uma auto-homenagem ao seu criador, Sr. Guilherme Praun da Silva.
Um dos primeiros habitantes, onde hoje é o Bairro de Vila Guilherme, foi o índio “Baibebá” ou “Baiberá”. Já no século XIX, após serem divididas, quando foram doadas ou vendidas, as terras, ai então chegaram ao Barão de Ramalho e, por fim, à sua filha, Dona Joaquina Ramalho Pinto de Castro, que as vendeu ao senhor Guilherme Praun da Silva.
Sede do Grupo Escolar Afranio Peixoto ( construído em 1926) .

Nenhum comentário:

Postar um comentário