terça-feira, 24 de setembro de 2013

Trabalho, Renda, Saúde e Arte- Mesa 8

Veja Palestra http://www.ustream.tv/recorded/39073397


As mesas deste evento apostam que, quando invenções democráticas constituem construções da felicidade, estruturam comunidades de trabalho e saber, sustentam a atenção psicossocial às infelicidades inventivas e inauguram práticas emancipatórias de educação e justiça. Constroem a verdade como memória e bem-comum, a extensão universitária como política republicana e a própria felicidade como critério para que o dinheiro seja riqueza, de modo que a geração e a distribuição de renda dêem (e se dêem com) espaço e tempo para saúde e arte.

Bem sabemos que estas apostas são feitas a contrapelo da realidade predominante. Com efeito, por reconhecermos os destinos da liberdade nas relações sociais que sustentam materialmente a vida, inscrevemos no centro da Carta de Princípios do Nupsi-USP o paradigma do trabalho justo, sintetizado na cooperação com autonomia. Desdobramos daí o fio condutor do movimento das Invenções Democráticas e da Coleção homônima: o engajamento em maneiras criativas e solidárias de desenvolver autonomia e cooperação, em que a construção coletiva da liberdade acompanha a contraposição conjunta à lógica e aos efeitos da dominação.

Primando pela pertinência em face destas motivações ao mapear as perversões mundiais do trabalho e propor maneirar de reconstruir a amizade cívica, o economista inglês Guy Standing lançará O Precariado: A Nova Classe Perigosa, IV Volume da Coleção Invenções Democráticas, iniciativa parceira do Nupsi-USP e da Autêntica Editora.

Irá juntar-se às análises, narrativas e propostas apresentadas no encontro plural de estudantes, educadores, juízes, procuradores, sociólogos, psicanalistas, promotores, filósofos, psicólogos, economistas, engenheiros, geógrafos, parlamentares, historiadores, cientistas políticos, administradores públicos e representantes comunitários.

A disposição democrática para acolher e exprimir alteridades, bem como para alterá-las à luz do outro, constitui a unidade de princípios da diversidade intersetorial e interdisciplinar deste evento acadêmico, fazendo-nos recordar que a universidade precedeu e poderá suceder a globalização das iniquidades.

A aliança entre modos democrático-cooperativos de cultura universitária e os movimentos sociais e acadêmicos que se reconhecem como Invenções Democráticas (entre as quais a economia solidária, a educação democrática, a filosofia espinosana, a renda básica, a justiça restaurativa e a psicopatologia para a saúde pública) fortalece a democratização das universidades e das sociedades, abrindo a perspectiva da construção de uma Rede Internacional de Invenções Democráticas, contando com nomes de atuação mundial enraizados na Alemanha (Clarita Müller-Plantenberg), na Argentina (Diego Tatián), no Brasil (Eduardo Suplicy, Marilena Chauí, Paul Singer e Susan Andrews), na França (Laurent Bove), na Inglaterra (Guy Standing), em Israel (Yaacov Hecht), no eixo Portugal-Brasil (José Pacheco) e no Uruguai (Rasia Friedler).

Construtores da Felicidade de todo o mundo, uni-vos: as Invenções Democráticas querem e precisam interagir e prosperar!

Prof. Dr. David Calderoni, coordenador do evento

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