terça-feira, 26 de junho de 2012

Pesquisas revelam hipermedicação de pacientes com transtorno mental


Estou repassando esta interessante matéria feita pelo jornal da Unicamp, para que vejam analisem e reflitam a respeito. Saudações Antimanicomiais.

Levantamentos apontam que uso crescente de medicamentos está associado a fatores socioeconômicos





Pesquisas de fôlego realizadas junto aos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) do Estado de São Paulo mostram que houve um avanço na reforma psiquiátrica brasileira, desencadeada a partir dos anos 1980 para promover a desativação gradual do arcaico sistema manicomial e substituí-lo por uma rede de serviços de atenção visando à integração da pessoa que sofre de transtornos mentais na comunidade. As pesquisas revelam, por outro lado, um engodo na reforma: a hipermedicação dos pacientes, notadamente das classes menos favorecidas, que desconhecem o porquê, tempo de duração e possíveis efeitos indesejados do tratamento farmacológico.

A professora Rosana Teresa Onocko-Campos, do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, atuou na coordenação destes projetos. Um deles está sendo finalizado agora e envolveu 25 dos 26 Caps III paulistas (os centros de tipo III são de cidades com mais de 200 mil habitantes). O financiamento veio da Fapesp, do Programa de Pesquisa para o SUS (PPSUS, do Ministério da Saúde) e da Aliança de Pesquisa Comunidade-Universidade (Aruc-Canadá). Uma pesquisa anterior de 2008 a 2010, esta financiada pelo CNPq e focada em Campinas, resultou no Guia de Boas Práticas nos Caps, que foi publicado na Revista de Saúde Pública (2009;43(Supl. 1):16-22).
Os Caps são unidades de referência de saúde mental e os de tipo III, particularmente, visam se tornar substitutivos ao hospital psiquiátrico, possuindo equipes multiprofissionais com a missão de tratar de forma intensiva os portadores de transtorno mental com idade superior a 18 anos. O tratamento se dá na própria comunidade e junto às famílias, evitando a internação psiquiátrica integral e promovendo a reabilitação psicossocial dos cronicamente comprometidos. Funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana, contando com leitos para o acolhimento noturno de portadores de sofrimento psíquico em períodos de crise.
“O trabalho empírico junto aos Caps de São Paulo foi realizado no ano passado, com a colaboração da equipe do professor Juarez Pereira Furtado, da Unifesp/Santos. Oferecemos um curso para capacitar os trabalhadores da saúde a avaliar os serviços em seus Caps, seguindo metodologia desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Montreal, os Grupos de Apreciação Compartilhada: a cada encontro, tematizava-se uma questão dos Caps, com aporte teórico como de uma palestra, e depois eram decididos conjuntamente os aspectos relevantes a serem avaliados”, explica Rosana Onocko-Campos.
Na tarefa seguinte, a “dispersão”, os trabalhadores levavam os indicadores para testá-los em suas unidades. Chegou-se a um leque de 25 indicadores de avaliação e, no momento, os pesquisadores retocam a fotografia dos Caps III do Estado, trabalho que estão encaminhando para publicação. “Isso é muito relevante porque os Caps são a grande aposta da reforma psiquiátrica: garantindo uma boa qualidade nesses serviços, a fim de que deem conta dos pacientes graves, poderemos prescindir de fato do hospital psiquiátrico. Mas ainda chama atenção a grande heterogeneidade dos Caps III no Estado de São Paulo: alguns estão bastante dentro do desenho de política elaborado para eles, enquanto outros estão bem longe do que prevê a portaria do Ministério da Saúde.”
Grupos de sobreviventes
A docente da Unicamp observa que a reforma brasileira, apesar de apresentar características peculiares ao sistema público de saúde do país, tem sido inspirada em processos de mesmo caráter que aconteceram no mundo inteiro. “Em outros países, crescem cada vez mais as associações de usuários autodenominados ‘sobreviventes’, que muitas vezes saíram de processos de internação. Esses usuários são veementes em provar que o hospital psiquiátrico não é a melhor maneira de melhorar a saúde do portador de distúrbio mental. Não estou negando que, em alguns casos, seja necessária a internação em um hospital geral – a rede brasileira prevê leitos para isso – até porque a pessoa pode ter outras intercorrências como diabetes, infarto ou intoxicação por drogas (precisamente nesses casos o hospital psiquiátrico carece de infraestrutura para oferecer cuidados apropriados).”
Cada Caps possui uma média de 300 a 400 pacientes cadastrados, sendo que a frequência deles depende do tratamento planejado pela equipe multiprofissional. Rosana Onocko-Campos conta que na pesquisa em Campinas foram organizados grupos focais compostos por trabalhadores, usuários, familiares e gestores para avaliação dos serviços. “A família agora sabe que tem para onde ligar em caso de problema urgente: as equipes vão ao domicílio ou acionam o socorro para trazer o portador de distúrbios ao Centro. Outros estudos pelo Brasil apontam vários pontos de coincidência. Diria que já temos evidências suficientes para afirmar que, onde a rede está razoavelmente estruturada, ela é capaz de dar atendimento a esta população.”
A pesquisadora insiste que a reforma psiquiátrica no Brasil avançou o suficiente para eliminar qualquer controvérsia em relação à importância dos Centros de Atenção Psicossocial. “Em outra pesquisa financiada pela Fapesp, em 2010 e 2011, avaliamos os centros de atenção primária de Campinas e entrevistamos familiares de pessoas que tinham sido encaminhadas aos Caps. Em todos os casos, as famílias afirmam que o acesso ao serviço melhora o histórico do tratamento e a trajetória de vida do usuário. Temos dados para mostrar que a reforma psiquiátrica não gera desassistência, não gera abandono ou morador de rua. E gostamos de ouvir aqueles depoimentos.”
Um guia para pôr
fim ao ‘ponto cego’

Na pesquisa que coordenou em Campinas, com financiamento do CNPq, a professora Rosana Onocko-Campos identificou o que considera o engodo da reforma psiquiátrica: a hipermedicação de muitos pacientes, tanto na rede de atenção primária como nos Centros de Atenção Psicossocial. “Não é um problema somente do sistema brasileiro, há evidências disso no mundo inteiro. Muitas vezes, o tratamento em saúde mental está reduzido aos psicotrópicos, sendo que a comunicação entre os profissionais da saúde e os usuários é deficiente. A qualificação da utilização de psicofármacos e a qualificação de pessoal têm sido pontos sensíveis da expansão da rede.”
A pesquisa aponta que o uso crescente destes medicamentos está associado a fatores socioeconômicos, com prevalência de medicação associada aos indivíduos de maior vulnerabilidade social, baixa escolaridade e menor renda per capita. Em Campinas, no primeiro semestre de 2010, apenas na rede pública de farmácias, 65.778 pessoas receberam prescrição de psicofármacos, o que equivale a 6,5% dos habitantes da cidade. Segundo os autores, igual processo vem sendo observado na atenção primária europeia, com taxas de prescrição de psicofármacos que chegam a 8% da população.
Além da crescente medicação, o estudo revela também a medicalização da população – fenômeno de transformação de situações corriqueiras em objeto de tratamento da medicina. Na opinião dos pesquisadores, em ambas as situações, um dos efeitos produzidos é a redução das experiências singulares das pessoas a meros fenômenos bioquímicos. “Nas entrevistas, os trabalhadores da saúde alegam que, vendo pessoas em situação tão difícil e desfavorável, decidem dar o medicamento para ‘acalmá-las’. É algo sobre o qual eles devem refletir: na verdade, se está medicalizando um problema que faz parte da vida e que não é doença; se as condições do seu bairro estão péssimas, a pessoa deve primeiro se indignar, pois vivendo sob a ação de calmantes, nada vai fazer”, observa Rosana Onocko-Campos.
A pesquisadora da Unicamp recorda que colegas da Universidade de Montreal, com a colaboração de movimentos de usuários do Canadá, tinham desenvolvido um guia para ajudar o paciente a autogerenciar a sua medicação. “Decidimos trazer este guia para traduzi-lo e adaptá-lo à realidade brasileira. Formamos equipes com apoio de outras universidades públicas brasileiras em Campinas, Rio de Janeiro (UFF e UFRJ) e Novo Hamburgo (UFRGS). Trabalhamos primeiro na tradução e depois com grupos de pacientes para adaptar a linguagem. Agora estamos na versão final, financiada pelo IDRC [Centro Internacional de Pesquisas para o Desenvolvimento do Canadá], que esperamos disponibilizar online antes do fim do ano.”
Segundo Rosana Onocko-Campos, o trabalho com o Guia para Gestão Autônoma da Medicação (GGAM) dentro dos Centros de Atenção Psicossocial permitiu perceber que, apesar de todos os valores pregados na reforma psiquiátrica (como o protagonismo do usuário e a cogestão dos seus problemas familiares e de vida), o tema da medicação continua sendo um ponto cego. “Os trabalhadores da saúde dizem que medicação é com o médico, que por sua vez não dá muitas explicações e nem é questionado pelo usuário, que fica sem saber de possíveis interações dos medicamentos com substâncias como álcool, café, chás e outras consumidas no dia a dia.”
Para a professora, a centralização da prescrição na figura do médico é um aspecto ainda não reformado da reforma, assim como o desconhecimento que também os trabalhadores da saúde demonstram sobre medicação. “Os profissionais vivem cotovelo a cotovelo com o médico e os pacientes graves, às vezes durante anos, mas conhecem quase tão pouco quanto os usuários. É um paradoxo. Pressupõe-se que eles tenham interesse em aprender, pelo menos, qual é o efeito do remédio ou por que ele é combinado com um e não com outro.”

Um dos desdobramentos interessantes da pesquisa, conforme Rosana Onocko-Campos, é que os pacientes começaram a se responsabilizar mais pelo seu tratamento. “Os usuários são os únicos que podem falar da experiência do adoecimento, de como é estar com psicose ou depressão. No diabético, o médico mede a glicose e verifica se é preciso reduzir ou aumentar a dose. Mas se a pessoa sofre de transtorno do humor, como saber se a dosagem está boa, a não ser confiando no que ela diz? A valorização da palavra do outro é condição para a qualidade do tratamento. O médico que não faz isso, não é bom clínico.”
Quer ver os comentários acesse a reportagem AQUI
Fonte:  Jornal da UNICAMP- Universidade de Campinas

Mãos que tecem inclusão



Nesta manhã de 26 de junho,Terça feira no Salão do Parque Vila Guilherme - Trote - Av. Nadir Dias Figueiredo, s/n - Vila Guilherme.Mais uma vez, as artesãs do Cecco trotese fizeram presentes na história do Bairro Vila Maria/ Vila Guilherme. 
Marcaram com seu trabalho realizado a Exposição de Artesanato no Cecco Trote. 

Foi uma manhã de imensa alegria e prazer em consequências do trabalho coletivo realizado. 
Mas também, alegria que estampa e colore o rosto de cada um dos frequentadores e deixa mais surpresos os olhos distraídos, que até então não haviam percebido a mudança que se opera no cotidiano de cada oficina Cecco trote  e na trajetoria de vida de seus partcipantes .
 
É sempre uma enorme festa, uma inundação de prazer que nos invade, apesar do cansaço, e o que torna possível continuar de portas abertas para acolher, incluir, conviver e cooperar  fazendo, ao lado, um momento de exposição da beleza tecida no labor do cotidiano.

Estavam todos lá! E além de cada um, um amigo, uma amiga, um irmão, um vizinho e um estrangeiro. Trocando ideias e afetos, olhos para contemplar a beleza e vidas com as quais se faz laços.
Parabéns a todas e ao Cecco que faz a diferença, que apoia uma sociedade sem manicômios e que acredita na inclusão e na convivência como a melhor forma de promover a saúde mental.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

27 de junho - I Plenária Regional de Economia Solidária de Guarulhos, Zona Leste e Alto do Tietê

Empreendimentos, Projetos e Oficinas de Trabalho da Rede de Saúde Mental que se localizam Guarulhos, Zona Leste e Alto Tietê participem da Plenária da Economia Solidária, levando nossas propostas de Regulamentação da Lei de Cooperativismo Social e de criação do Programa Nacional de Apoio ao Cooperativismo Social.




Economia Solidária: bem viver, cooperação e autogestão para um desenvolvimento justo e sustentável

Dia: 27 de junho de 2012

Local: Centro de Educação Adamastor (Av. Monteiro Lobato, 734 centro fone 2085-2703 centro de Guarulhos)

Horário: das 8 às 17h

Sua presença engrandecerá ainda mais esse evento!

Estamos novamente em marcha, na construção e no fortalecimento da Economia Solidária no Brasil. Vamos, todas e todos, Empreendimento Econômicos Solidários, Entidade de Fomento e Apoio e Gestores Público, militantes da economia solidária, seguir rumo à V Plenária Nacional da Economia Solidária!
A perspectiva é que a preparação da V Plenária Nacional, com etapas em todo território nacional, possa fazer confluir ideias, debates e proposições para o documento-base, refletindo as discussões e debates realizados nas etapas anteriores.
I Plenária Regional de Economia Solidária de Guarulhos, Zona Leste e Alto do Tietê, tem como objetivos:
a) Contribuir para o processo de criação e estruturação do Fórum Regional Guarulhos, Zona Leste e alto Tiete, e o fortalecimento do Fórum Paulista e Fórum Brasileiro de Economia Solidaria;
b) Ampliar diálogos, articulações de alianças estratégicas, parcerias e convergências com outros movimentos sociais na construção de uma sociedade justa, solidária, diversa, autogestionária e sustentável;
c) Contribuir para a consolidação do movimento de economia solidaria, afirmando-o como movimento social contra o capitalismo, por uma nova sociedade e organização social, política e econômica.
Maiores informações entrar em contato com seção de Inclusão Produtiva/ Economia Solidária, da SDAS de Guarulhos no telefone 11 2085.2703.
Fonte: Rede de Saúde Mental e Economia Solidária http://saudeecosol.wordpress.com/

3ª Mostra de Talentos - Centro de Convivência do CRI Norte


O Centro de Convivência do CRI Norte, tem o prazer de convidá-lo para prestigiar a 3ª Mostra de Talentos.

No dia 03 de julho acontecerão as apresentações das oficinas educativas e culturais e nos dias 05 e 06 estarão expostos na Feira de Artesanato todos os produtos realizados nas Oficinas de Atividades Manuais e de Geração de Renda.

O evento tem o objetivo de valorizar os talentos fomentados pelas oficinas realizadas no primeiro semestre de 2012 pelos mais de cem voluntários e educadores do serviço.

O evento é aberto para todos idosos, familiares e comunidade.

Confira a programação e participe!


Cursos de Férias da Escola de Dança de São Paulo


DANÇA PARA TODOS

O objetivo é introduzir os participantes no universo da linguagem corporal-dança através da sensibilização, da educação corporal (princípios da coordenação motora e reeducação do movimento), introdução aos princípios básicos da dança contemporânea e dos processos criativos. 

Quando: 1ª e 2ª semana de julho
Horário: 3ª e 5ª, das 9h às 11h
Faixa etária: a partir de 15 anos
Professora: Luciana Carvalho

Confira toda a relação de cursos oferecidos pela Escola de Dança no período de 2 a 13 de julho de 2012

 

Cursos de Férias da Escola de Dança de São Paulo


CURSOS LIVRES (abertos à comunidade)

Eutonia
Professora: Yêda Peres
2ª e 4ª,    das 10h30 às 12h

Dança Para Todos
Professora: Luciana Carvalho
3ª e 5ª,    das 9h às 11h

Balé para Homens
Professor: Paulo Vinícius
3ª e 5ª,    das 13h às 14h30

Balé Iniciante

Professor: Luis Ribeiro
3ª e 5ª,    das 12h às 13h30

Balé Intermediário
Professora: Valéria de Mattos
3ª e 5ª, das 12h30 às 14h

Dança Contemporânea
Professora: Adriana Guidotti
3ª e 5ª, das 12h às 13h30

Danças Tradicionais Populares
Professora: Elizabeth Menezes
3ª e 5ª, das 12h às 13h30
As inscrições podem ser feitas na secretaria escolar a partir do dia 18 de junho, mediante apresentação do RG original. O preenchimento será por ordem de chegada, até o fechamento das vagas.           
               
Será permitida a inscrição em apenas um curso por pessoa. Os inscritos devem ter atenção com os horários de início das aulas, apresentando-se com 15 minutos de antecedência, pois não haverá tolerância no horário de entrada

Escola de Dança de São Paulo
Baixos do Viaduto do Chá, s/n, Centro
Tel. 
            11 3241-1332       /             11 3241-5336      
Email: escoladedancasp@ig.com.br

Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 9h às 11h30 e das 13h30 às 16h30.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Convite Casório Parque Trote


Vanceis tão tudo convidado
Pro casório qui vai tê
No Cecco Parque do Trote
Lugar bão de convive

O casório este ano
Vai tê muita comilança
Não há di farta nadica
Pra vanceis enche a pança

A noiva é Sá’ Maricota
Fia do Coroné Barduino
Moça Braba e Mandona
Porém de Trato Fino

Estudava nas Europa
Tem uns costumes estranhos
Não cozinha e nem costura
Desaforo não atura

Já o noivo é um coitado....
Tá que não se aguenta em pé...
Quarque vento o derruba
Ele é mesmo um Zé Mane...



 
Sá Maricota avisô
Que não lava Cueca e nem panela
Os tempos agora são outro
Nenhum Homem manda nela

Mais tá tudo diferente
Quem manda no mundo é as muié
E os homens prá agradá
Faiz tudo que elas quisé...

Mais vai ser uma grande festa
Com tudo qui tem direito
Comida boa e farta
Muita música e alegria
Vai tê muito foguetório
E a Tradicioná quadrilha
Venham Passar uma tarde
Em muito boa Companhia

No Cecco Trote - Dia 19/06
Das 14h as 17h


Autoria: Ana Célia

sexta-feira, 8 de junho de 2012

"Óia a festança sô!" a Chegada do Matuto no Céu


Está chegando a Tradicional Festa Junina do Cecco Trote. Estamos todos: comunidade, frequentadores, conselho gestor e funcionários envolvidos na preparação da Festança. Cores, cola, bandeirinhas, prendas..... 
E aí vem o melhor uma poesia escrita na inspiração deste momento pela nossa querida Ana Celia, que esta aniversariando hoje(08/06) e é quem nos presenteia com:

Chegada do Matuto no Céu

Lá no céu chegou um cara
De mala e Cuia na mão
Tristonho e cabisbaixo
Sem sabe se podia entrá.

São Pedro consurta o livro
Com tudo anotadinho
Sobre a vida do tal cara:-
1-    Ajudô viúva e órfão
2-    Tratô a sogra com respeito
3-    Deu abrigo aos viajantes
4-    Dos outros não via os defeitos
5-    Ensinô aos seus fiinhos

o bão caminho da triá
6-    Sempre tinha prôs amigos
palavras prá incentivá

São Pedro num teve dúvida
Da sentença que ia dá
-Entra amigo, entra logo
Qui tá começano a esfria.

Este poema escrito por Ana Celia, psicóloga e funcionaria do Cecco Trote, foi inspirado no poema de Manuel Bandeira, no dialogo de Irene e São Pedro, onde Irene não precisa de Licença para entar no Céu. Assim como ningém precisa pedir licença para estar na festança no dia 19/06 das 14 as 17hs no salão Cecco Trote. "Ocê tá convidado"


“A poesia não nasce das regras, a não ser em parte mínima e insignificante; mas as regras derivam das poesias; e, no entanto, são tantos os gêneros e as espécies de verdadeiras regras, quanto são os gêneros e as espécies de verdadeiros poetas”. Giordano Bruno


Assim foi o Dialogo que Manuel Bandeira escreve entre Irene e São Pedro
"Irene no Céu

Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.

Imagino Irene entrando no céu:
- Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
- Entra, Irene. Você não precisa pedir licença"

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Logotipo do Cecco Vila Maria e seu significado

Os profissionais do Cecco Vila Maria compartilham com todos leitores e leitoras, a criação coletiva do Logotipo que irá acompanhar todas as nossas publicações. São três letras "C',  com sentidos prioritários de ser  : Centro, Convivência e Cooperativa. O espaço entre as letras significam a abertura para ir e vir, no sentido da Liberdade e da Inclusão, do não asilamento.

Temos um Tronco que nós sustenta hoje representados pela Secretaria Municipal de Saúde da Cidade de São Paulo, com seus devidos representantes- Coordenadoria de Saúde Regional Norte, Supervisão de Saúde Vila Maria / Vila Guilherme-  a Secretaria do Verde e Meio Ambiente - Parque Trote Vila Guilherme-, Subprefeitura de Vila Maria/Vila Guilherme.

Nosso chão é a comunidade de frequentadores, funcionários, voluntários e colaboradores que acreditam e afirmam os princípios da reforma psiquiátrica e reforma sanitária, da Inclusão e da Convivência, por uma politica e ação antimanicomial na saúde mental. Na Cultura de paz e na ação não violenta.
Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina
.
Cora Coralina

Regina Maria Faria Gomes